quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A Diferenciação no Tratamento dos Filhos

Devemos ou não devemos diferenciar o tratamento entre os filhos? A resposta é sim e não. Algumas coisas devem ser diferenciadas de acordo com a personalidade de cada um, outras não.

Cada um responde melhor a estímulos diferentes e possui gostos diferentes. Não adianta incentivar os dois a jogarem futebol se um gosta e outro detesta, mas você pode incentivar ambos, igualmente, a fazerem coisas diferentes e é esse o ponto aonde eu quero chegar.

Devemos dar a mesma quantidade de incentivo, mas na área específica que cada um prefere. O mesmo se aplica a atenção. Um menino vai gostar de jogar videogame com você, o outro vai preferir nadar ou andar de bicicleta. Tem gente que não percebe isso e se disponibiliza para fazer uma coisa apenas, por exemplo: jogar bola. Vai com os filhos jogar bola e na prática, abandona aquele que não gosta, porque um está se divertindo e outro não.

Isso é aplicável também ao castigo. Como cada um se incomoda em não poder fazer algo diferente, o castigo deve ser variado, mas o tempo aplicado deve ser igual e de acordo com a falta cometida.

Algumas culturas, principalmente as orientais, possuem o péssimo hábito de valorizar o primeiro, principalmente se ele for homem e ignoram os outros como se a ordem de chegada fosse determinante, o que não é.

O problema é que esse tipo de comportamento discriminatório pode levar a desvios de personalidade que serão difíceis de corrigir. O primeiro vai se sentir mais auto-confiante e vai se achar amado, o segundo vai tender a ser mais introvertido, sentir-se-á preterido e menos amado, o que pode levar a uma falta de confiança.

Muitos parentes não se dão nem mesmo ao trabalho de olhar para os filhos e perceber o que eles realmente precisam e querem, dão apenas o que é pedido. O problema é que, uma vez que o menino se sinta preterido, a sua disposição para pedir será cada vez menor, principalmente quando seu desejo envolver o irmão favorecido.

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