sexta-feira, 6 de maio de 2011

Reconstruir já!

Olá queridas amigas!

Muitas coisas me aconteceram desde a última vez em que escrevi. Minha vida deu uma reviravolta gigantesca e começou com o divórcio.

Sim, depois de 17 anos de relacionamento, decidimos que o casamento acabara. Desde então, tenho tentado reconstruir minha vida. Às vezes, dá a impressão que um tissuname arrasou minha cidade interior e agora preciso recomeçar: retirar o entulho, limpar a poeira e preparar o terreno para uma nova construção. Também pensar num jardim, pensar em flores, ver alguma beleza no que sobrou. Ter esperança a acreditar que o melhor aconteceu.

É estranho para mim não ser mais casada, pois parece que perdi minha identidade. Acho que nunca soube quem eu era de fato, o que eu gostava e o que eu queria. Vivi este tempo todo como esposa de alguém e mãe de alguém, mas a pergunta sempre foi: quem sou eu?

Talvez por minha criação, pelo exemplo de minha mãe, avó e tias eu tenha aprendido que uma mulher deve ser esposa acima de tudo, até de si mesma. Eu sempre desejei me casar, ter um marido e filhos como a vida perfeita dos comerciais antigos de margarina. Desde adolescente eu sonhava com o príncipe encantado e vivi minha vida toda tentando ser a princesa. Contudo, a vida não é um conto de fadas e muitas vezes a gente se casa com um sapo, mas teima por anos que se trata de um príncipe. Insistindo contra todas as evidências que ter uma família no modelo tradicional de margarina é motivo suficiente para abrir mão da própria vida. Estou descobrindo que existe vida após o divórcio, que não morri, que meus filhos estão bem apesar de tudo, que consigo me virar sozinha, que não estou sozinha, que ter eu mesma é suficiente para continuar. Alguns dias me sinto bem e animada, outros fico triste demais, os vales e picos se alternam, sendo cada dia mais fácil acordar e dizer: Deus, obrigada por estar viva; obrigada pela vida que tenho...

Passar pelo câncer me fez enxergar que o bem mais precioso que tenho é minha própria vida e nada é problema grande o suficiente para tirar minha paz.
Felizmente, ainda estou na casa dos trinta e posso viver tantas coisas diferentes. Aliás, eu já comecei a experimentá-las, depois conto, rs...
Os meninos estão se acostumando com a nova conformação da família: mãe+Dudu+Gui+pai+namorada do pai.
Quem não se acostumou com a idéia foi minha sogra. Ela surtou, sequestrou meus filhos dias antes do meu aniversário e desde então não tenho mais contato com ela. Viram como a vida muda de repente? No post passado eu escrevi que minha sogra era minha luz, neste, que a luz se apagou. Coisas da vida.

Não tenho conseguido ser essa mãe melhor do post passado, rs... Mas continuo tentando.
Os meninos estão com a ideia fixa de arrumar um namorado para mim, rs... Pode?
E eu estou me cuidando, me arrumando, emagreci 20 kg, comecei a expansão das mamas (retirei também a mama esquerda profilaticamente), e mais cirurgias me aguardam até o final do ano. A reconstrução é do interior e do exterior.
Confesso que ouvir elogios está me fazendo muito bem. Fazia tempo que ninguém dizia que eu era bonita, rs... Acho que estou ficando mimada, rs...
Feliz dia das mães a todas vcs minhas amigas!
Beijos.
Meu amorzinho Guilherme aos 4 anos:
Meu amorzinho Eduardo aos 5 anos: